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Pressionada, Uniban decide revogar expulsão de aluna

 

A assessoria de imprensa da Uniban divulgou nota no final da tarde desta segunda-feira (09), informando que, após analisar o caso, o reitor da universidade revogou a decisão do Conselho Universitário, que resolveu, no último dia 6, expulsar a aluna do curso de turismo Geisy Arruda, acusada de se vestir de forma inapropriada e se insinuar para colegas, no último dia 22 de outubro no campus de São Bernardo do Campo, quando foi hostilizada por outros alunos, que filmaram o episódio e o publicaram na internet.

A nota não traz muitas informações sobre o recuo, mas deixa claro que a decisão foi tomada após o Ministério da Educação (MEC) divulgar um documento exigindo que a universidade se manifestasse, em no máximo dez dias, sobre a expulsão da aluna.

Não há dúvida de que o reitor da Uniban se precipitou ao expulsar a estudante. As consequências foram as piores possíveis. Além de evidenciar o despreparo do seu conselho administrativo, denegrir a imagem da instituição frente à opinião pública, principalmente no que diz respeito à qualidade do ensino – a Uniban está entre as piores universidades do Brasil, segundo informações do MEC, o caso ainda teve repercussão internacional recebendo destaque nos jornais “The New York Times” e “The Guardian”.

O mais revoltante nisso tudo é que nada, absolutamente nada é feito, quando, no início de cada ano, a universidade recebe um grande número de novos alunos que passam por situações não menos constrangedoras comparadas às que sofreu a estudante Geisy Arruda.

A Uniban tenta agora remediar a situação, talvez numa tentativa desesperada de impedir um muito provavel déficit de alunos no próximo ano.

Vamos ver o que vem por aí…

Aluna hostilizada na universidade é expulsa. É justo?

 

Após ter sido hostilizada pelos alunos da Uniban, no dia 22 de outubro por usar um vestido curto, a estudante de turismo Geisy Arruda, 20, teve uma nova surpresa desagradável.

Neste domingo (08/11), jornais de São Paulo trazem anúncio informando que a universidade resolveu expulsar a aluna, após duas semanas de polêmica acerca da situação.

No anúncio, intilulado “A educação se faz com atitude e não com complacência”, a instituição afirma que a sindicância aberta para apurar o caso concluiu que houve “flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade” por parte da aluna.

Ainda segundo a nota, a Uniban diz que a estudante frequentava a unidade com trajes inadequados ao ambiente e que no dia do acontecimento, 22/10, Geisy percorreu percursos maiores para aumentar sua exposição e provocar o apelo dos alunos.

Em relato publicado hoje no site do BOL, a estudante expressou sua revolta: “Eu fui a vítima. Como que eu posso ser expulsa? A vítima é expulsa da faculdade? Isso é um absurdo”; “É uma falta de respeito. Eu não estou acreditando que isso está acontecendo.”, disse.

Geisy afirmou que vai apurar se a expulsão é verdadeira, para então, se reunir com seus advogados. A aluna disse ainda que uma situação dessa não pode acontecer no Brasil: “Vamos ter que tomar uma atitude. Isso é inaceitável. Eu não vivo no Oriente Médio. Alguma coisa será feita.”

O que se pode ver claramente após tal decisão, é que a Uniban quer, a qualquer custo responsabilizar a aluna e desviar da opinião pública a sua ineficiência em resolver este caso de maneira justa.

Os responsáveis pela administração da universidade realmente acreditam que a atitude de expulsar uma estudante que frequentava o campus vestida de maneira “inadequada”, segundo eles, limpará a imagem da instituição? Esse é um veredicto, no mínimo, simplório.

Ao invés de dar tanta atenção à maneira com a qual seus alunos se vestem, a Uniban deveria se preocupar com a qualidade do ensino aplicado em suas salas de aula. Não por acaso, ela está entre as piores do Brasil, no ranking das Universidades e Instituições de Ensino Superior – 159ª posição, num total de 178 – dados referentes ao triênio 2006, 2007, 2008.

Essa atitude apenas ratifica o degrau que a Uniban, categoricamente, merece ocupar.